Poesia silenciosa

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A Festa de Margarette no
TriBeCa Film Festival.

A Festa de Margarette no MoMa

         O cinema mudo nasceu apartir de uma necessidade e não de um estilo. A impossibilidade técnica de sincronizar som e imagem levou os cineastas do início do século a utilizarem apenas imagens para contar suas histórias. Não havendo diálogos, inúmeras formas visuais foram sendo criadas para levar ao espectador uma experiência visual onde poesia e arte se mesclavam para a criação de uma nova forma artística. A experiência destes primeiros poetas visuais trouxe ao cinema uma sólida base artística de expressão com gestos, movimentos, ângulos e perspectivas. Mesmo após a incorporação do som ao cinema, estes princípios básicos ficaram como uma sólida lição à ser seguida.

       Um século mais tarde, com uma saturação de imagens e sons que a cada segundo atingem nossas retinas, uma volta ao básico do cinema se torna salutar.

       O filme “A Festa de Margarette” nasce a partir dos princípios básicos da arte cinematográfica. Um filme mudo de início de século, apenas um século mais tarde.

       “A Festa de Margarette” traz ao espectador um antigo meio visual que evoluiu a uma das mais importantes formas de expressão humana no século XX. Filmes se tornaram uma referência constante no entendimento da condição humana. A utilização de uma primitiva forma de cine, num contexto contemporâneo do Sul do Brasil, trouxe ao filme a mesma universalidade dos filmes mudos do início do século passado.

 
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